terça-feira, 13 de novembro de 2012

James Joyce - Finnicius revém. Trad. de Augusto e Haroldo dos Campos

Contando o final do livro.


2 comentários:

  1. James Augustine Aloysius Joyce (Dublin, 2 de fevereiro de 1882 — Zurique, 13 de janeiro de 1941) foi um romancista, contista e poeta irlandês expatriado. É amplamente considerado um dos autores de maior relevância do século XX. Suas obras mais conhecidas são o volume de contos Dublinenses/Gente de Dublin (1914) e os romances Retrato do Artista Quando Jovem (1916), Ulisses (1922) e Finnegans Wake (1939) - o que se poderia considerar um "cânone joyceano". Também participou dos primórdios do modernismo poético em língua inglesa, sendo considerado por Ezra Pound um dos mais eminentes poetas do imagismo.

    Embora Joyce tenha vivido fora de seu país natal pela maior parte da vida adulta, suas experiências irlandesas são essenciais para sua obra e fornecem-lhe toda a ambientação e muito da temática. Seu universo ficcional enraíza-se fortemente em Dublin e reflete sua vida familiar e eventos, amizades e inimizades dos tempos de escola e faculdade. Desta forma, ele é ao mesmo tempo um dos mais cosmopolitas e um dos mais particularistas dos autores modernistas de língua inglesa.

    Fonte:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/James_Joyce

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  2. Estilo e estrutura do Finnegans Wake

    O método joyceano dos fluxos de consciência, alusões literárias e livres associações oníricas foi levado até o limite em Finnegans Wake, que abandonou todas as convenções de construção de enredo e personagem e é escrito numa linguagem peculiar e árdua, baseada principalmente em complexos trocadilhos de múltiplos níveis. Esta abordagem é similar à usada por Lewis Carroll em "Jabberwocky", mas muito mais extensa. Se Ulisses é um dia na vida de uma cidade, o Wake é uma noite e compartilha da lógica dos sonhos. Isto fez com que "Livro Azul inutilmente ilegível, numa tradução simples", a frequentemente citada descrição de Ulisses no Wake, fosse aplicada por muitos leitores e críticos ao próprio Wake. Entretanto, foi-se chegando a um consenso sobre o elenco central de personagens e enredo geral.

    Além do uso frequente de neologismos e arcaísmos, muito do jogo de palavras do livro enraíza-se no uso de trocadilhos multilíngues que conectam uma gama de idiomas. O papel de Beckett e outros assistentes incluiu reunir palavras destes idiomas em cartões para Joyce usar e, à medida que a visão do autor piorava, escrever o texto enquanto ele ditava.

    A visão de história proposta neste texto sofre influência muito forte de Giambattista Vico, e a metafísica de Giordano Bruno de Nola é importante para as inter-relações dos "personagens". Vico propunha uma visão cíclica da história, na qual a civilização se erguia do caos, passava por fases teocráticas, aristocráticas e democráticas e retornava novamente ao caos. O exemplo mais óbvio da influência da filosofia cíclica da história de Vico encontra-se nas sentenças de abertura e fechamento do livro. Finnegans Wake começa com as palavras (na tradução brasileira de Donaldo Schüler): aqui, pretendo citar um trecho da tradução. Já foi feito o contato com a editora para solicitar a permissão por escrito. Em outras palavras, a primeira sentença começa na última página e a última sentença na primeira, tornando o livro um grande ciclo. Inclusive, Joyce disse que o leitor ideal do Finnicius sofreria de uma "insônia ideal" e, ao completar o livro, retornaria à página um e começaria novamente, e assim por diante num ciclo infinito de releituras. Inclusive, a tradução proposta para o título remete a fim + início, com o us no final podendo aludir a línguas como o latim e o francês, referidas também no original (fin-again, fim-de-novo).

    Fonte:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/James_Joyce

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